A deputada federal Camila Jara (PT-MS), coordenadora da Frente Parlamentar Ambientalista na Câmara dos Deputados, participou do V Congresso Brasileiro de Áreas Úmidas (Conbrau), em Cuiabá-MT, como representante do Pantanal. O evento, que aconteceu de 16 a 18 de outubro, reuniu especialistas e autoridades para discutir a preservação das áreas úmidas do Brasil, com foco especial na maior planície alagável do mundo.
O evento foi mais uma oportunidade para ampliar o compromisso com a conservação ambiental, pauta defendida pela deputada desde o início de seu mandato.
Camila oficializou, junto a pesquisadores, uma carta pedindo a reestruturação do Comitê Nacional de Zonas Úmidas, órgão governamental que estabelece diretrizes para a implementar o tratado internacional de uso racional de áreas úmidas no Brasil, a ser enviada aos Ministérios do Meio Ambiente e das Relações Exteriores.
Durante o evento, a deputada defendeu a aprovação de uma lei federal em defesa do Pantanal.
“Nasci e cresci onde as águas refletem o céu e moldam a vida de comunidades inteiras, mas escolhi essa luta porque não podemos perder o Pantanal. Saber que, em 30 anos, ele pode desaparecer acende um sinal de alerta. Mato Grosso e Mato Grosso do Sul precisam estar unidos, com uma legislação que entenda o Pantanal como um só, além das fronteiras, e que atue com urgência para conservá-lo”.
O congresso contou com representantes da sociedade civil, ONGs, lideranças indígenas e tradicionais, que discutiram questões como as leis regionais que afetam pescadores e as comunidades locais. Jara reforçou a necessidade de construir espaços de escuta, onde as demandas locais possam ser consideradas de forma colaborativa, garantindo que as políticas públicas reflitam as realidades dessas comunidades.
Sobre o Congresso
Presente nos estados de Mato Grosso e Mato Grosso do Sul, o Pantanal é a maior área úmida de água doce do mundo e tem papel crucial na manutenção da vida silvestre e dos recursos hídricos da região. O Congresso Nacional de Zonas Úmidas, que acontece a cada dois anos, tem como foco o estudo e a proteção de áreas como o bioma, definidas como área especial de proteção pela Convenção de Ramsar.
Entre os principais nomes, estavam presentes Augusto Morelli, chefe de projetos de recursos hídricos do Ministério do Meio Ambiente, e Cátia Cunha, pesquisadora do Instituto Nacional de Ciência e Tecnologia em Áreas Úmidas, além de Áurea Garcia, coordenadora de políticas da Wetlands International Brasil e diretora geral da Mulheres em Ação no Pantanal (Mupan).