Os vereadores Camila Jara (PT), Ronilço Guerreiro (PODEMOS), Valdir Gomes (PSD) e João César Mattogrosso (PSDB), além de representantes da Secretaria Municipal de Inovação, Desenvolvimento Econômico e Agronegócio (Sidagro), receberam representantes da classe artística da Capital para debater o Projeto do Parque Tecnológico e de Inovação de Campo Grande – Estação Digital.
O projeto do executivo municipal pretende revitalizar a região da Esplanada Ferroviária, além da Feira Central, Avenida Calógeras e a Rotunda, transformando-as em um grande espaço de empreendedorismo, inovação e cultura. Com orçamento estimado em R$ 90 milhões para a execução, o projeto foi elaborado inspirado no Porto Digital, de Recife (PE).
De acordo com o professor Roberto de Figueiredo, do Conselho Municipal de Proteção ao Patrimônio Histórico – CMPPH, a grande preocupação da classe diz respeito à Esplanada Ferroviária, que agrega o Armazém Cultural, a Plataforma Cultural e a Galeria de Vidro, o único espaço que a classe artística tem atualmente para realizar eventos, apresentações e exposições na cidade. “Não somos contra o projeto, mas somos contra ficarmos sem o nosso único espaço. O projeto já chegou pronto, nem nos consultaram, e nós temos o direito de participar desse debate”, defendeu.
Para Anderson Bosh, membro do Conselho Municipal de Cultura e coordenador do colegiado de literatura, moda e artes visuais de MS, o poder público precisa dar conta dos demais espaços da cidade que estão indisponíveis. “O Armazém Cultural é hoje o nosso único espaço porque todos os outros foram abandonados ou estão em obras que nunca terminam. Se deixarmos o projeto tomar conta, nunca mais recuperaremos”, desabafou.
A vereadora Camila Jara (PT) também ressaltou os espaços da cidade que estão abandonados e afirmou que o projeto será debatido até que o resultado final seja satisfatório para todos. “Realmente nós temos o Teatro Aracy Balabanian em reforma há anos, o Horto Florestal que foi abandonado, o Teatro do Paço, que está sendo usado para outros fins. Isso sem falar do Centro de Belas Artes. Precisamos mesmo cobrar o executivo. Mas o projeto da Estação Digital continuará a ser discutido e será alterado para contemplar as novas necessidades e incorporar as sugestões da classe artística”, afirmou.
Uma Audiência Pública será convocada pela Comissão de Cultura da Câmara Municipal de Campo Grande. A provável data é o dia 13 de junho.