Na última quarta-feira (6), os trabalhos da sessão legislativa foram impedidos por um grupo de parlamentares extremistas. Em desacordo com o regimento interno da Casa, os deputados apoderaram-se da mesa da presidência e exigiram que o projeto de anistia fosse pautado a todo custo. Ignorando pautas relevantes para as pessoas, como a isenção do Imposto de Renda, que poderá afetar 10 milhões de brasileiros.
Mesmo com a chegada do presidente Hugo Motta, os deputados se recusaram a ocupar seus lugares no plenário, gerando caos e confusão.
Ao final da sessão, enquanto o presidente se levantava, a deputada federal Camila Jara se aproximava da cadeira da presidência quando o deputado federal Nikolas Ferreira a atingiu com o cotovelo enquanto aplaudia, fazendo-a oscilar e esbarrar no parlamentar, que foi ao chão. A deputada, com 1,60 metro de altura, 49 quilos e em tratamento contra um câncer, foi injustamente acusada de ter nocauteado o parlamentar com um soco.
A deputada federal Camila Jara vem a público esclarecer que reagiu ao empurra-empurra da mesma forma que qualquer mulher reagiria em um tumulto, quando um homem a pressiona contra a multidão. Não houve soco ou qualquer outro ato de violência deliberada, como alardeado nas redes sociais por publicações direcionadas. O resultado dessa campanha de perseguição foram centenas de comentários ofensivos e ameaças à integridade física e até mesmo à vida da deputada Camila Jara.
Na manhã desta quinta-feira (7), a Polícia Legislativa precisou ser acionada para garantir a segurança da parlamentar, após a campanha de ódio ter tomado uma proporção alarmante. A escolta policial será solicitada também no Mato Grosso do Sul para garantir a segurança das atividades parlamentares no estado.
A deputada Camila Jara reforça que não será intimidada pelo ódio dos que desrespeitam a democracia. A coragem e o diálogo são marcas do trabalho da parlamentar, que jamais se acovardará diante das injustiças.