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A vereadora Camila Jara (PT) cobrou, durante sessão ordinária desta terça-feira (22), que a prefeita de Campo Grande, Adriane Lopes, cumpra o acordo feito em março deste ano com a ACP e pague o reajuste aos professores.

A cobrança acontece após a divulgação de que os reajustes escalonados, de 10,39% e 4,78%, que deveriam ser pagos nos meses de novembro e dezembro, respectivamente, não constam nas folhas de pagamento do executivo municipal.

“É de notório conhecimento de todos que a educação no nosso país vem passando por sérias dificuldades, tanto por falta de investimento ou de planejamento. Mas nós também não podemos deixar tudo nas costas dos gestores federais. Temos que olhar para o que está acontecendo em Campo Grande e assumir nossas próprias responsabilidades. Não existe uma educação que se proponha ser de qualidade se os acordos firmados entre o sindicato dos professores e a prefeitura não são cumpridos”, afirmou Camila.

O pagamento escalonado do reajuste foi um acordo firmado entre o então prefeito da Capital, Marcos Marcello Trad, e a ACP (Sindicato Campo-grandense dos Profissionais da Educação Pública) para cumprir a Lei 11.738/08 que estabelece o Piso Nacional do Magistério.

“Está na hora de tratar esse tema como prioridade e está na hora dos gestores municipais entenderem que palavra dada não se volta atrás. Precisamos garantir que o acordo firmado com a categoria seja cumprido, senão não vamos conseguir ter a valorização profissional necessária”, defendeu.

Déficit de vagas
A vereadora apresentou, ainda, outros problemas que a educação campo-grandense enfrenta, como o déficit de vagas da educação infantil, que atualmente chega a 8 mil. De acordo com a parlamentar, não há motivos para novas unidades de educação não serem construídas, uma vez que a verba foi liberada para tal finalidade.

“O repasse do FNDE para construir 10 novas escolas e creches na Capital foi autorizado e liberado e mesmo assim essas obras não aconteceram. Nem foram iniciadas. Sem falar das 13 obras canceladas e a EMEI paralisada no Jardim Caiobá. São 8 mil crianças que estão tendo o direito ao futuro negado!”, finalizou a vereadora.