A aprovação do projeto de lei nº 10.320/21, que dispõe sobre o Plano Plurianual (PPA) do município de Campo Grande para o quadriênio 2022-2025, garantiu um programa de transferência de renda para a capital sul-mato-grossense.

É que a emenda nº 128, de autoria da vereadora Camila Jara (PT), propõe a implantação de um programa de transferência de renda municipal que alcance as pessoas em situação de extrema pobreza e vulnerabilidade social.

A votação aconteceu durante sessão ordinária na Câmara Municipal nesta quinta-feira (02) e decidiu sobre os investimentos de mais de R$ 15,6 bilhões nos próximos quatro anos. Com 138 emendas, o documento elenca diversos macrodesafios para o período, principalmente nas áreas de mobilidade urbana, educação, segurança, assistência social, saúde e desenvolvimento sustentável.

“Garantimos em lei um programa de transferência de renda para Campo Grande. Essa é uma luta nossa, uma luta por uma cidade menos desigual e que a gente vem travando desde março, mas é uma conquista das pessoas que mais precisam, dos mais vulneráveis. É uma conquista tão grande e importante que não teríamos conseguido sozinhos, o apoio dos demais colegas vereadores foi fundamental”, comemorou a vereadora. 

O projeto de lei 10.320/21 foi aprovado em duas sessões – uma delas extraordinária não-remunerada – e segue para sanção do prefeito Marcos Trad.

Pressão popular
Pela manhã, a vereadora realizou uma ação para chamar a atenção da população para a importância de um programa de transferência de renda, como a Renda Básica, que já é aplicada em outras cidades do Brasil como Macaé (RJ) e Nova Lima (MG): espalhou em pontos estratégicos e de grande circulação de pessoas cestas básicas com itens apontando  o quanto a inflação encareceu os produtos durante o ano de 2021. As cestas continham também contas de água e energia atrasadas e uma lista de compras que inclui remédios, gás de cozinha, carne e fralda, com seus respectivos preços.

A ideia é reforçar que a proposta da Renda Básica vai muito além da distribuição de alimentos, ela representa autonomia para a família usar o dinheiro com aquilo que de fato é mais urgente e necessário, seja para pagar o aluguel ou comprar itens que não vêm na cesta e que quando as famílias usam esse dinheiro para comprar os itens nas lojas dos seus bairros, fortalecem os negócios locais, estimulam a geração de emprego e movimentam a economia.

Uma movimentação on-line pelas redes sociais da vereadora também convidou os campo-grandenses a pressionarem os demais vereadores pela aprovação da emenda por meio de mensagens em seus respectivos números de whatsapp.