A bicicleta sempre fez parte da rotina lá de casa. Dar uma volta pelo bairro, visitar alguns vizinhos próximos ou fazer um exercício. É um momento bem gostoso, mesmo eu tendo que admitir que estou um pouco longe da bike nos últimos meses.

Sei que para muita gente a bicicleta é, além de uma ótima atividade física, uma alternativa real de locomoção. Por isso, é um meio de transporte que precisa ser incluído nas políticas públicas da cidade.

Ser ciclista em Campo Grande é um desafio: apesar de possuirmos cerca de 83 km de ciclovias, elas não são interligadas e nem sempre fornecem um percurso seguro. Em 2016 tivemos 199 acidentes com ciclistas; em 2017 foram 232 e em 2018 foram 235. Esses dados da Agetran não podem ser lidos apenas como números: estamos falando de pessoas, de vidas humanas

Campo Grande precisa ser pensada de maneira inteligente, de forma que inclua as diferentes realidades de cada cidadão. Está na hora de dependermos menos do carro em nosso dia-a-dia.

A bicicleta é saudável e ecologicamente correta, mas pra que ela seja viável em nossa cidade precisamos de investimentos em ciclovias, sinalização, bicicletários, iluminação, educação no trânsito e até mesmo a interligação com o transporte público para trajetos mais longos.

Nossa mobilidade urbana tem muito que melhorar. Isso porque hoje só falei das bikes: temos ainda que pensar em melhorar o trânsito, ter um transporte público eficiente, falar de patinetes elétricos que já deram certo em diferentes cidade aqui no Brasil e no mundo… tem muita coisa!