Durante sessão na Câmara Municipal desta terça-feira (16), a vereadora Camila Jara (PT) afirmou não ser preciso escolher entre salvar vidas ou salvar a economia, referindo-se às medidas de restrição para conter a pandemia de coronavírus, que dividem a opinião dos campo-grandenses (e dos brasileiros), como o fechamento de serviços considerados não essenciais e o toque de recolher.

Após ter o tempo da Palavra do Líder cedido pelo vereador Ayrton Araújo, líder do partido na Casa, a vereadora afirmou que essa dicotomia entre vidas ou economia não existe e cobrou os demais vereadores e o executivo municipal por medidas que de fato tenham impacto positivo para a solução da situação.

“Até o ministro Paulo Guedes já entendeu isso. O próprio Paulo Guedes falou: não há economia sem vidas. E é por isso que nós precisamos debater isso nessa casa. Porque as pessoas estão chorando desesperadas e se nós nos omitirmos, a história vai lembrar da gente. Nós precisamos tomar a responsabilidade pra nós, cobrar medidas restritivas mais justas pra que a gente possa, sim, voltar a crescer economicamente”, afirmou Camila.

Entre as soluções propostas pela vereadora está a criação de uma Renda Básica Municipal Cidadã, Projeto de Lei que será votado na sessão da próxima quinta-feira (18).

“A gente só vai conseguir fazer com que a população fique em casa a partir do momento que a gente garantir o sustento pra essa população”, ressaltou.

Jara relatou, ainda, a situação que presenciou durante visita a duas UPAS de Campo Grande na tarde de ontem (15), onde viu unidades de saúde lotadas, com pacientes infectados pela covid internados junto com pessoas não infectadas, e falta de profissionais de saúde.

“Os profissionais de saúde estão exaustos e agora a prefeitura abriu um processo seletivo pra conseguir colocar mais profissionais em atuação sendo que os os profissionais que foram aprovados no concurso de 2019 não foram convocados ainda. Já passou da hora da gente ter um hospital municipal também”, disse.

Ao final de sua fala, a vereadora cobrou um protocolo claro, com metas e prazos e defendeu a adoção do tripé básico: isolamento social, testagem e vacinação em massa.