A vereadora Camila Jara (PT) protocolou na Câmara Municipal nesta segunda-feira, dia 19 de abril, data marcada pela luta e pela resistência indígena, dois projetos que visam valorizar os povos originários. 

Um deles é o projeto de lei que visa instituir a Semana Municipal da Consciência dos Povos Originários e reconhecer o dia 19 de abril como data de Conscientização Sobre os Povos Originários em Campo Grande (MS).

A ideia é que a Semana Municipal da Consciência dos Povos Originários seja dedicada ao desenvolvimento de ações educativas nas escolas municipais e demais instituições culturais a fim de conscientizar sobre a cultura dos povos originários.

“É preciso ressignificar as festividades de 19 de abril, que é uma data de visibilidade, mas não de uma forma caricata e carregada de estereótipos e preconceito como tem sido feito há anos. Sala de aula é lugar de desconstruir estigmas e as atividades adaptadas para cada série, para cada idade, vão resgatar a consciência de que temos parte de nossas raízes e origem nesses povos, que passaram as últimas décadas lutando para que seus direitos sejam respeitados, podendo viver de acordo com seus costumes e necessidades em seus territórios”, explica a vereadora.

Alteração
O segundo projeto protocolado hoje pela vereadora propõe alterar o nome do Prêmio Domingos Veríssimo Marcos em comemoração ao Dia do Índio, para que seja em comemoração ao Dia dos Povos Originários. 

No projeto de decreto legislativo, o parecer político-social justifica que “a denominação ‘índio’ foi atribuída aos habitantes originais da América pelos colonizadores europeus, pois quando chegaram aqui, pensaram que haviam chegado à Índia por rotas marítimas alternativas às existentes na época”.

Além disso, a ideia é fazer uma homenagem à pluralidade dos mais de 300 povos originários existentes no Brasil e sua diversidade cultural, com especiais honras aos que habitam nosso estado – Atikum, Guarani-Kaiowa, Guarani-Nhandeva, Guató, Kadiwéu, Kinikinau e Terena – e às aldeias do nosso município – Aldeia Água Bonita, Aldeia Darcy Ribeiro, Aldeia Marçal de Souza e Aldeia Tarsila do Amaral, a fim de lembrar as histórias e tradições que marcam a luta e resistência destes povos, bem como preservar a cultura e as tradições de cada um desses povos, como as  suas línguas, religiões, lendas, vestuários e culinária; entre muitas outras.