Depois que o Consórcio Guaicurus enviou ao município a solicitação para que a tarifa de ônibus do transporte coletivo de Campo Grande seja reajustada para R$ 6,16, o movimento “Busão tá caro” reúne assinaturas pelo congelamento da tarifa e pela melhoria da qualidade dos serviços prestados. É possível assinar a petição no link: https://busaotacaro.bitrix24.site/.

O movimento ressalta os principais problemas enfrentados pelos usuários do transporte coletivo na capital sul-mato-grossense, como os ônibus atrasados, linhas canceladas e veículos lotados. Além disso, relembra que, em fevereiro deste ano, a Câmara Municipal aprovou perdão de dívidas do Consórcio, isenção do ISSQN e subsídio de R$ 12 milhões ao ano, com a contrapartida de que a empresa faria melhorias na prestação do serviço, o que não tem acontecido.

À frente do movimento “Busão tá caro”, a vereadora Camila Jara (PT) reforça que o contrato do Consórcio Guaicurus com a Prefeitura de Campo Grande tem que ser revisto há muito tempo. “É um contrato de 10 anos, e é claro que nesse intervalo, com todas as mudanças que tivemos, o que foi firmado lá atrás não atende mais. Uma das principais mudanças seria a forma de cobrança por quilômetro rodado, e não mais por número de passageiros como é hoje”, explica.

A parlamentar está solicitando, ainda, acesso às planilhas de custos do Consórcio, que não têm sido divulgadas.

Greve dos motoristas
Na terça-feira (21), os motoristas de ônibus do Consórcio Guaicurus anunciaram greve e nenhum ônibus rodou na cidade. A suspensão da atividade aconteceu pela falta de pagamento do salário do mês de junho. 

Um acordo feito entre o STTCU-CG (Sindicato dos Trabalhadores do Transporte Coletivo Urbano de Campo Grande) e o Consórcio Guaicurus, mediado pelo TRT 24ª e MPT-MS, determinou que o pagamento do vale de 40% do salário será pago no dia 28 deste mês.

O serviço de transporte coletivo foi restabelecido na quarta-feira (22).

Após alegar esgotamento de recursos, o Consórcio Guaicurus enviou ao Executivo Municipal a proposta de novo valor na tarifa. Se for aprovado, o novo valor de R$ 6,16 será o valor mais caro cobrado entre as capitais do país.